Fabíola tem vida corrida se dividindo entre as quadras e a dedicação à vida de
pastora
Nas entrevistas que concede, Fabíola costuma sempre citar Deus. A religião e
a fé são duas coisas bastante presentes na vida da levantadora da seleção
brasileira e do Sollys/Nestlé. A explicação para isso vem de sua "segunda
profissão". Além de jogadora, ela também é pastora da Igreja Batista Palavra
Profética, na cidade de Matozinhos, a 40 quilômetros de Belo Horizonte
(MG).
A ligação com a religião, porém, não a acompanha desde sua juventude. Até os
22 anos, quando se converteu, Fabíola era "baladeira". Independente da cidade
que morava, costumava sair a noite e ingerir bebida alcoolica. "Eu aproveitei
muito minha juventude. Saí, bebi, curti. Teve uma fase aqui em São Paulo que só
Deus pra me salvar mesmo.. (risos)", brincou a levantadora, em entrevista ao
UOL Esporte. "Vim de família simples, comecei a ganhar meu
salário. Então aproveitei mesmo, queria tudo de marca. Mas graças a Deus nunca
me envolvi com droga", completou.
Fabíola segura a bíblia, sua companheira durante cultos e momentos de
pregação como pastora
A vida de Fabíola como jogadora, por si só, já é corrida, já que durante
cinco meses disputa a Superliga feminina e depois se apresenta à seleção
brasileira. Desde o ano passado, no entanto, ela tem se dedicado a vida de
pastora, pregando para os fieis e seguidores de sua religião.
Fácil ela garante que não é. "Eu tenho que me dedicar ao vôlei, e nas folgas
que tenho vou para lá, participo dos cultos, distribuo a palavra de Deus. Dou
uma força para o meu marido (Alexandre), que é pastor e fica mais tempo na
igreja", disse a atleta, de 29 anos, que mora sozinha em um apartamento em
Osasco - o marido e a filha moram em Minas.
Para Fabíola, que lidera as estatísticas como melhor da posição na Superliga
feminina, a conversão a fez tornar-se uma jogadora profissional, já que se
tivesse seguido na vida boêmia, de noitadas e baladas, o corpo não teria
aguentado tanto esforço. "Eu já teria parado de jogar com certeza. Eu atribuo
essa mudança a Deus, que me fez ver o voleibol de outra forma, de valorizar o
esporte. Se não fosse Ele, não teria chegado até onde cheguei, não teria
disputado a final de um Mundial, de Superliga..".
Fonte: www.esporte.uol.com.br
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